Naquele dia eu sai cedo de casa para ir ao seu encontro mesmo sabendo que você só chegaria no final da tarde. Então passei horas sentada no banco daquela praça - onde só iamos com os nossos amigos e hoje seriamos só nós duas - até que levantei e fui caminhar. Meu celular tocou e era você dizendo que já estava vindo e eu voltei apressada para o lugar onde estava. Chegando lá olhei tudo em volta procurando você, até que então meu olhar encontrou você e eu não me controlei e corri até você e te abracei. Você falou em meu ouvido que eu demorei mas eu nem se quer prestei atenção nas suas palavras direito. Cheirei teu cangote e era o mesmo cheiro desde a primeira vez que eu te toquei. Beijei teu rosto e te levei pra sentar em qualquer um dos bancos que ali existiam.
Fiquei te olhando enquanto você falava. Seu rosto, seu sorriso, suas sardas em volta do seu nariz, seu jeito, o brilho nos teus olhos. Era tudo tão bonito.
Cada movimento teu era delicado, cada toque teu me levava pra mas perto de você. E eu te pedi um beijo e você me beijou com toda calma do mundo. Pedi outro e você negou, falou que tinha muita gente em volta e se preocupava comigo, mas eu não dava a mínima pra isso.
E então as horas foram se passando e as nossas palavras se misturavam e depois nós ficavamos rindo de nós mesmas. Já estava quase anoitecendo e tinhamos que ir pra casa. Andamos lentamente até a estação. No metro riamos sem parar e todos olhavam pra nós.
A estação certa pra eu ir embora chegou. Despedida.
Eu te amo. Se cuida. Tchau.
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