4 de dez. de 2011


É sempre assim. Marcamos de nos encontrar e eu quase morro de ansiedade.
Planejo o tempo todo em como te fazer passar as melhores horas ao meu lado, ou que valesse a pena ter me esperado. São dias e dias assim desde o momento que te contei que iriamos nos ver novamente. Eu deito na minha cama, olho para o teto, coloco a nossa música e me faço prometer que te darei os melhores momentos. Que não nos falte sorrisos e se for pra chorar, que seja de emoção por ver quanto amor nos cabe aqui dentro. Que ele cresce, que ele nunca parou de crescer mesmo quando me forcei pra isso, mesmo quando eu te disse "Vai embora" e você sempre revidava com "Eu nunca vou desistir de você". Ele crescia apenas com a sua esperança de um dia me ter de volta.
Te abandonei por um tempo, fingia estar seguindo bem sem você e sempre evitava qualquer conversa ou contato. Até hoje me pergunto de onde arrumei tanta força pra isso, pra essa morte tão lenta e dolorosa. Eu falava "Procure outra pessoa" mas gritava "EU SERIA A MELHOR COMPANHIA PRA VOCÊ ATÉ O FIM DA SUA VIDA" E eu sabia que não aguentaria te ver segurando em outra mão ou alisando outro rosto sem ser o meu. Era egoísmo, eu sei, nem eu mesma me entendia. A partir do momento que comecei a amar você, fiz um pacto com o meu coração de só te aceitar ao meu lado. E olha, até hoje estou forte e de bem com ele porque você não me deixa, porque eu não te deixo e o pacto pode se tornar eterno dependendo de nós dois.

Te quero muito, te quero inteiro, te quero até eu parar de respirar.

(Maryanne Rodrigues)

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Quem já não se perguntou: sou um monstro ou isto é ser uma pessoa?

Uma vida com saudade

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